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Colagem com imagens de prédios e asfalto, com fios, postes e pixações, além de mulheres andando na rua
Janela aberta de cor azul, com o texto: PRONOME: EU
Grupo de mulheres em roda com um aparelho de som no centro.
PRONOME: EU
Image by Alex Alvarez

Para além da arte na rua existe um “Eu”. Que deixando impressões, mostra que está viva. 

Adentrar a subjetividade de alguém é algo profundo e lido como complexo. Que lugar não mais subjetivo que o quarto de alguém?! onde tudo começa ou termina, como o escurecer da noite ou clarear do dia. 

São sonhos, questionamentos, inspirações e a vida!

O olhar no espelho e o conhecimento de um pronome único: “Eu”

 Pronome:   Eu 

Núcleo 1, no formato de uma imagem de um quarto, com parede cinza claro.  Do lado esquerdo há uma luminária branca suspensa do teto, embaixo dela há uma cômoda de madeira marrom, que possui em cima uma lata de tinta spray, uma planta e atrás um coração de cor azul claro desenhado na parede.  No centro do quarto, uma cama com lençóis brancos e cabeceira marrom claro. Alguns objetos espalhados pela cama, da esquerda para direita: uma paleta de pintura com tintas e pinceis; uma almofada com estampa de uma fênix; um microfone e um bambolê rosa. Acima da cama, na parede há uma moldura, dentro 1 foto de cada uma das 6 artistas e embaixo, na parede está escrito: "Quem são elas?".  No canto direito do quarto, um espelho de moldura preta, com a frase escrita no vidro "Como você se enxerga?", de frente do espelho um banco de madeira claro e do lado do banco um tripé com um microfone.
Objeto lata de spray. A figura representa uma lata de spray na cor branca sem tampa
Imagem de objeto. Almofada com estampa de Phoenix. Um pássaro com penas douradas ( amarelas) e avermelhadas, enquanto o bico, a cauda e as garras são douradas ao fundo a cor azul, que representa o céu.
Figura de um bambolê. Um bambolê redondo, distribuído em dois tons de rosa, com fundo branco.
magem objeto microfone.  microfone de mão na cor preta sem cabo
Figura Paleta de Pintura. Tem uma chapa de madeira(godê) Sobre esta chapa tem tintas de pintura com as cores preta, branca, marrom, verde, amarelo, azul, com algumas já misturadas. Tem um pincel na cor preta, com detalhe em dourado. a paleta de tintas esta apoiada em cima de uma base
Espelho retangular com borda preta.
Microfone profissional de bancada na cor preta, com um cabo conector na cor preta. Fundo branco
SUBSTANTIVO: CRIATIVIDADE
Image by Laura Skinner
 SUBSTANTIVO: 
.CRIATIVIDADE - CRIA ATIVA 

Criatividade é substantivo feminino também! 

Criação é processo e nesse percurso as vivências, experiências e lutas se transformam em inspiração, o que são? 

As crias ativas por onde passam transformam qualquer detalhe e baluarte em obras de arte.

como se dá seu
processo artístico?

 gugie 

Foto de Gugie em cima de um andaime de cor vermelha, utilizando capacete amarelo e máscara ao pintar um mural ao fundo nas cores roxa e laranja, enquanto segura um pincel grosso sujo de tinta rosa

O processo criativo começa na relação das pessoas com a sua obra, o que a pessoa vivencia e observa no seu trabalho. Suas produções carregam suas relações afetivas pessoais e Gugie costuma fotografar suas modelos antes de criar, principalmente suas filhas. Gosta de utilizar cores que remetem ao aconchego, como roxo e amarelo. 

gugie

Foto de Eneri na beirada da janela de um prédio cinza, com roupas pretas e uma lata de spray na mão enquanto olha para cima, na direção de seu pixo.

Começa com o estudo do entorno, fotografando e marcando a localização. Faz uma análise de como irá subir e descer e quanto tempo vai levar para realizar o trabalho. O planejamento é a parte mais importante, principalmente quando são escaladas maiores, nesses casos normalmente ela usa algum elemento do prédio como parâmetro para separar bem as letras e poder se orientar durante a escalada em que espaço vão as letras.

eneri

Foto de Laddy Dee usando cropped e calça brancas e coturno preto enquanto segura um microfone na direção da boca com a mão esquerda enquanto levanta a mão direita acima da cabeça. Ao fundo, caixas de som e holofotes azulados no chão, uma faixa preta com a frase "parada da diversidade 2021" e uma bandeira LGBT+.

​O processo criativo se dá de forma espontânea, onde a letra e a melodia se formam enquanto anda pelas ruas. Assim que a letra se forma, anota no celular e vem o "desenho do rap".

Laddy Dee

Foto de Re Moraes usando um macacão preto e por baixo um biquíni amarelo neon mostrando sua tatuagem da deusa Isis no peito e um boné que está tampando seus olhos enquanto segura um microfone em direção a boca com a mão direita. Ao fundo luzes roxas.

Nas palavras da artista, seu processo criativo é lento mas gostoso, já que acontece no seu momento e principalmente, sem cobranças, de forma espontânea. Para Re, a parte mais importante na composição de músicas é estar bem, tanto psicologicamente, quanto fisicamente, pois ela acredita que quando não se tem estrutura e tem vários problemas sociais atravessando seu processo criativo, o trabalho acaba não saindo da forma que ela gostaria.

Re Moraes

Foto de Zara fazendo acrobacia segurada em dois panos de cabeça para baixo, usando um cropped e uma legging pretas e uma gargantilha de spikes. Seu rosto não aparece bem, mas é possível ver maquiagem azul em seu olho e sua bochecha. Ao fundo, uma parede com mosaico colorido em verde, azul, vermelho e amarelo.

Para Zara, seu processo criativo é muito íntimo, pessoal e alternativo. Cada trabalho é feito de uma forma, mas gosta de utilizar sentimentos de melancolia e baseados em momentos difíceis para criar. Faz o uso de técnicas para a parte lírica, brincando com as palavras entre si e gosta de falar frases extensas, onde tenha dificuldade em respirar e de forma narrativa, mais concreta, expressando a visualidade nas suas composições.

zara dobura

Foto de Vulcanica Pokaropa usando um maiô com estampa de onça rosa e com maquiagem forte nos olhos, segurando uma metralhadora na altura do peito olhando para cima enquanto cospe foto. Ao fundo, fumaça e algumas plantas.

Vulcanica produz a partir do contexto social em que se insere como travesti. Nas performances, gosta de utilizar o bambolê e o fogo. Em algumas produções, utiliza materiais orgânicos para simbolizar o contato com a natureza, onde traz animais mortos que acha pelo caminho, cipós e ossos.

Vulcanica

o que te inspira?

 gugie 

Foto de Gugie usa o cabelo preso num coque com sua filha no colo, um livro, uma máscara e o corpo sujo de tinta dentro de um ambiente iluminado por luz amarelada e com pessoas ao fundo.

Laços afetivos.

Gugie se inspira nos seus vínculos de afeto para criar, como suas filhas e sua avó. Costuma produzir a partir de questões sociais como ser mulher, mãe, negra e artista dentro da sociedade, além da humanização do corpo e do ser mulher.

gugie

Foto de Eneri usando calça e regata pretas em frente  a um muro e ao lado de seu pixo com a frase "hoje tem é dia da mulher", fazendo o sinal de paz e amor com a mão direita (dedos indicador e do meio levantados) na altura da cabeça.

Mulheres.

Saber que outras mulheres estão inseridas nesse meio, já que ela teve o seu desbloqueio através de uma mulher, saber que ela pode passar essa mesma mensagem para  outras mulheres saibam que elas não são fracas e são capazes de dominar o ambiente urbano. Ver uma crescente de *minas* no movimento da pichação é o que mais a fortalece.

eneri

Foto de Laddy Dee de lado com o braço direito na direção da foto com a tatuagem de sua orixá, Iansã, "Oya", envolvida numa clave de sol, com traços na cor preta. Usa tranças no cabelo, brinco de argola dourado, roupa de alça nas cores preta e branca e ao fundo há um prédio branco e cinza, o asfalto acinzentado, postes, árvores e plantas para além do meio-fio.

A fênix.

Para Laddy Dee, a fênix representa o morrer e renascer, aquela que renasce das próprias cinzas, simboliza a resistência e a potência de se levantar diante dos problemas e dificuldades. A artista faz referência ao pássaro da mitologia grega em suas músicas, como na produção "Passos Sombrios".

Laddy Dee

Foto de Re Moraes sentada ao lado de sua mãe, Re está usando uma regata verde com um short jeans azul claro enquanto sua mãe usa um vestido com estampa militar, ambas estão sorrindo e com os rostos próximos. Ao fundo uma parede cinza com uma janela e porta marrons.

Ver outras pessoas criando.

No início de sua carreira, Re achava que era a única atuando no rap, então ver outras artistas criando e ter a oportunidade de trabalhar com elas a deixa inspirada. Re também mencionou o caso de uma artista travesti que foi sua primeira inspiração na adolescência e que mais tarde teve a oportunidade de fazer uma música em conjunto.

Re Moraes

Foto de Zara com pinturas em seu rosto, incluindo a palavra “TRAVA”, sua mão está para cima com garras pretas em seus três dedos, indicador, médio e anelar segurando um cigarro na altura de sua boca, usando uma regata preta e uma gargantilha com um pingente contendo a bandeira trans. Ao fundo, uma parede de folhas verdes.

A música. Em suas palavras: "A música penetra no meu corpo e vibra, vibra no meu braço, no meu peito, e parece que ativa lugares que estou guardando". Zara gosta do diferente, que cause estranhamento e que, na sua visão, pode ser considerado inovador, como por exemplo o estilo Cyberpunk. Gosta de se comunicar com outras culturas, sendo as culturas oriental e japonesa suas favoritas. Se inspira em signos nas performances e artistas trans, como Linn da Quebrada, Liniker, Jup do Bairro, Monna Brutal, Rosa Luz, Re Moraes, entre outras.

zara dobura

Foto preto e branca de Vulcânica Pokaropa ao fundo com um maiô com estampa de onça e uma gargantilha preta com pingente em forma de círculo, ela está com o cabelo preso para cima e algumas mechas caem em sua testa. A sua frente, uma cruz, queimando e exalando fumaça, segurada por ela.

​Símbolos católicos.

A artista se inspira em símbolos da religião católica, como o sagrado coração, a cruz (porém invertida) e a cobra, mas com o objetivo de fazer crítica à desumanização de pessoas trans que são ditas anormais pela igreja. Quer "mostrar que sagrado não é apenas o normativo".

Vulcanica

pixação escrito a palavra arte em roxo
Imagem de Jakob Rosen, com uma mão segurando lata de spray de tinta pixando um mural colorido
Imagem de Jessica Lam de pernas com tênis branco e preto no meio da rua, com fundo de graffiti desfocado
Image de Dave Weatherall com aparelho de som antigo no apoiado chão
Image by Patrick Tomasso

 VERBO:   AGIR 

Ação, mulher na rua é ação.

Fazer arte na rua não é fácil Jão!

Nos trabalho elas se garantem, chamam atenção.

Mas existe muito assédio e repressão.

O grito é forte, a cidade é uma, mas elas várias

sempre agindo política e socialmente nesta urbana ocupação.

O assédio se caracteriza por condutas excessivas dirigidas a uma pessoa ou grupo específico por meio de comportamentos de natureza ofensiva que perturba ou importuna, que acontece de forma recorrente e que afetam e trazem danos à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa, ou grupo.

Cantada, assovio, olhares, importunação, insistência, inconveniência, obsessão, insistência impertinente em se aproximar de alguém, incomodar, “elogios” de gosto duvidoso, perseguir, molestar, constranger, piadas ofensivas, intimidadoras ou incômodas, xingamentos, apelidos ofensivos ou calúnias. Todas essas são formas de assédio.

Os tipos mais comuns de assédio são: moral, sexual e virtual. Se você foi vítima de assédio, procure alguém de confiança para conversar, busque auxílio psicológico, atendimento médico, consulte orientação jurídica e denuncie o agressor: registre um boletim de ocorrência em qualquer delegacia ou na Delegacia das Mulheres ou ligue para o Disque-Denúncia.

Assédio em espaço público:

Gráfico que mostra dados sobre assédio em locais públicos em diferentes países.

das mulheres já foram vítimas de assédio em meios de transporte

 assédio 

A transfobia é qualquer ato desrespeitoso, preconceituoso e discriminatório dirigido contra a identidade de gênero de uma pessoa. Está incluso o uso de pronomes errados, os comentários maldosos, olhares e risadas, “piadas” e também “[...] diz respeito a quaisquer atitudes inferiorizantes, degradantes ou humilhantes que pode ou não incluir agressões físicas, verbais, simbólicas, materiais, patrimoniais e/ou psicológicas manifestadas com o intuito de violar direitos, negar acesso ou dificultar a cidadania, [...] de travestis, transexuais e demais pessoas trans, quando sua identidade de gênero for um fator determinante para essas violências ou violações, seja por ação direta ou por omissão” (ANTRA, 2022, p. 15-16).

Muitas das vezes as importunações não se encerram em si e avançam para a violência, resultando em morte. O Brasil, segundo a ONG Transgender Europe (TGEU, na sigla em inglês), é o país que mais mata pessoas trans e travestis pelo 13° ano seguido. Não sendo a toa que a expectativa de vida dessas pessoas aqui no país seja de:

enquanto a população em geral é de 74,9 anos.

 Quantas pessoas trans e/ou travestis idosas você conhece?

Isso além de afetar um ciclo inteiro de vida, está intimamente ligado às "oportunidades" no mercado de trabalho disponíveis para as pessoas trans e travestis:

Recorte de matéria de site de notícia: 4% da população trans feminina se encontra em emprego formal

Remuneração também é difícil na rua, o chapéu é democrático, mas às vezes só isso não é o suficiente pra comer no dia e voltar pra casa.”

ZARA

 transfobia 

VERBO: AGIR
Image by Chris Barbalis

 COLETIVOS 

Uma das formas encontrada pelas mulheres para ocupar as ruas e produzir arte são os coletivos ou crews: esses grupos têm como princípio promover a visibilidade das artistas, multiplicar suas potencialidades, acolher seus sentimentos e questionar as normas vigentes para que uma outra história da arte seja escrita, tratando de pautas como a liberdade dos corpos, o direito a ocuparem os espaços, de denúncias sobre violências, descasos e dessa forma revelam talentos incríveis manifestos a partir de desenhos, poemas, performances, danças, músicas…

Foto. Cerca de trinta mulheres caminhando vestidas com roupas nas cores rosa e vermelho e sapatos tipo scarpin na cor preta, elas estão calçadas apenas com o pé direito e seguram o outro calçado na mão esquerda, elas estão na rua, ao fundo um pequeno muro colorido e uma larga avenida com prédios nos dois lados, há carros passando nas ruas, o dia está cinza.

COLETIVO PI

Você, mulher, artista ou não, acompanhada ou sozinha, não deixe de ocupar a rua (COM SEGURANÇA), mesmo com todas as dificuldades que nos rodeiam, porque somente assim nós conseguiremos espaço nela, seja para se expressar, para trabalhar, para curtir, para viver…

Quatro mulheres vestidas com camisetas pretas e jeans agachadas em um ambiente externo com um mural colorido da cantora Elza Soares ao fundo. Na parte superior da foto pode-se ler uma placa azul com o seguinte escrito: Saída Rua Sapucaí e uma seta para direita.

MINAS DE MINAS

fotografia tirada por Karol Braga da batalha das mina da cidade de Florianópolis em que aparecem cerca de 10 pessoas, em sua maioria mulheres, com algumas delas com o braço erguido acima da cabeça e punhos cerrados, enquanto uma delas está com um microfone na mão perto da boca, no canto esquerdo da foto. Ao fundo se vê um prédio histórico na cor amarela.

BATALHA DAS MINAS FLORIPA

A cidade pode ser agressiva, mas também pode ser acolhedora.”

GUGIE

Image by Patrick Tomasso

“A rua é mundo cão. É faca, navalha. É a cara da morte a todo momento. Vacilou, um passo em falso, um erro, no ponto. Uma falha um retalho, remato sangrento. Na rua não tem paz pra mim ou pra mana. A polícia, o cliente, o tráfico, o ocó. Eu vivo numa selva urbana, insana É a cidade inteira que quer me matar! Você não duraria nem ao menos 10 minutos, se estivesse em minha pele pelas ruas da cidade. Você não duraria...”

Trecho do Musical Brenda Lee e o Palácio das Princesas.

tela pintada em tinta acrílica por Mag Magrela representando uma mulher negra de cabelos pretos e lisos na posição horizontal com blocos de concreto em cima de sua barriga, busto e quadril, suas pernas estão dobradas junto ao corpo, seus braços estão levantados em direção ao céu e seus dedos polegares e indicadores estão unidos. Ela olha em direção a suas mãos com a boca entreaberta. O fundo da imagem é em tom de cinza claro, exceto por uma pincelada em linha curva na cor laranja acima da imagem da mulher.
Imagem de microfone.
Imagem de câmera fotográfica com luz levemente rosada e fundo branco.
Imagem de telefone pixado.
Image by Dan Farrell

 Substantivo Admiração: 
.Obras das artistas 

O movimento de Arte de Rua tem como característica utilizar pautas sociais e de políticas reivindicatórias como inspiração. Para a partir disso trazer contemplação.

Mulheres e seus frutos.

Agregando suas realidades, criação de técnicas e conjuntos.

Finalmente a admiração da produção e de lutas.

 re moraes 

Música 'Na pista fritando'

Re Moraes participa de batalhas de rua e hip-hop desde 2018. É multiartista, atuando como cantora, compositora, modelo, atriz , performer e dirige clipes. 

A música “na pista fritando” (de 2017), fala sobre os contextos de vida que estava vivendo, marcando os acontecimentos, mesmo que por vezes querendo esquecer das memórias.

 

Música do primeiro clipe solo que lançou, e foi quando começou a rimar nas batalhas das minas e participar da coletânea. Foi nessa época que se encontrou como artista, representando o início da Re Moraes, mesmo sem saber quem se tornaria hoje.

Substantivo Admiração
Image by Manolo Chrétien

 laddy dee 

Música 'Cria do Gueto'

Desde os seus 14 anos trabalha como auxiliar de serviços gerais, de onde vem seu sustento. Somente com a música, que é a sua grande paixão, ela não consegue se manter.

Seus raps são feitos em forma de discurso, com batidas mais aceleradas que falam sobre as dificuldades que as cidades periféricas/gueto passam, utilizando o vocabulário do gueto.

Image by Dan Farrell
Em uma parede com azulejos brancos no lado de fora de um prédio, está escrito com tinta spray cor preta a frase: “tanto lugar vazio e tanta gente sem casa”.

 eneri 

Tanto teto vazio e tanta gente sem casa…

Eneri é uma artista visual que usa seus pixos com sensibilidade instigando os pontos de vista. Escala prédios altos para deixar a sua TAG/marca.

 

Com a arte “tanto lugar vazio e tanta gente sem casa”  visa trazer o olhar crítico às pessoas que estão em situação de rua. 

Em outra via problemática, determinadas pessoas acham a pixação algo ofensivo, seja pelas linguagens ou pelas denúncias. 

Técnica artística: a pichação pode ser uma tag e frases, feitas em muros, prédios e demais superfícies, utilizando o spray. Essa arte é uma forma de se expressar, e é considerada crime no Brasil.

 Obra pode ser encontrada na página de instagram da artista @eneri.psm

Image by Manolo Chrétien

 gugie 

Vídeo da performance 'obra de arte'

Com as suas obras, Gugie, se propõe  mostrar a sensibilidade de suas relações afetivas, como por exemplo, obras de seus amigos e da suas duas filhas. Em suas obras, traz à tona o seu lado materno junto com os desafios, pesos, como também a importância de mostrar como é ser uma mãe artista. 

Performance "Obra de Arte. Vivo, logo arte. Arte, logo vivo." na  Bienal Black Brazil Art 2019, Gugie com sua filha no colo tenta conciliar a criança, às tinta de spray, pincel, livros, roupas, entre outras coisas em suas mãos, inevitavelmente as coisas caem, menos a criança. E nisso, recalcular as mudanças que acontecem, algumas coisas ficam, outras vão.

Image by Dan Farrell

 Vulcanica 
.Pokaropa 

Mordida de Amor

Travesti, artista circense, artista plástica, mestra em teatro, doutoranda em artes. 

A performance de Vulcanica Pokaropa, proclama a vivência como travesti, com os problemas gerados pelo  machismo e as violências. 

 

“Performance é uma forma de se expressar com o seu corpo, objetos e vestimentas em uma apresentação.

Image by Manolo Chrétien

“Se no fim, eu sou mesmo tão quebrade assim,

Então pouco importará para mim,

O que vão pensar os azuis e as vermelhas, e aliás,

Quanto mais eu tentar me afastar, 

Mais belo será o meu dançar,

E em meio a escuridão verão o meu LILÁS.”

 Zara Dobura 

 Poema 'TransPersona'

Zara Dobura é multiartista que faz teatro, performance, música, poema, dança, cinema, modelo e artes visuais. Seu enfoque é trabalhar com as questões sociais, possui pautas decoloniais, anticapitalista e sobre LGBTQIAP+

 

Técnica artística: As poesias e slam desta artista possuem  características de ser feitas em versos  com rima podendo ser dramáticos, narrativos e lírico

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